Ansiedade Silenciosa: Quando o Corpo Fala o que a Mente Cala

2 maio, 2025



Ansiedade Silenciosa: Quando o Corpo Fala o que a Mente Cala

Você já sentiu um aperto no peito sem motivo aparente? Ou teve dificuldade para dormir, mesmo sem nada de “grave” acontecendo? Muitas vezes, a ansiedade não grita — ela sussurra através do corpo. E por ser silenciosa, costuma passar despercebida, sendo confundida com estresse, cansaço ou até “frescura”.

Essa é a chamada ansiedade silenciosa: um tipo de sofrimento emocional que não se expressa com crises evidentes, mas que se manifesta através de sinais físicos sutis e persistentes — dores inexplicáveis, fadiga, tensão muscular, palpitações, insônia, e por aí vai.

Neste artigo, vamos explorar como a mente e o corpo se conectam, como a ansiedade pode ser uma resposta a traumas antigos, e o que você pode fazer para identificar e cuidar desse tipo de sofrimento.


Sinais Físicos da Ansiedade Silenciosa

A ansiedade silenciosa costuma ser traiçoeira justamente por não parecer, à primeira vista, um problema emocional. Em vez disso, ela se disfarça de sintomas físicos que, muitas vezes, são tratados isoladamente — sem que a causa real seja investigada.

Veja alguns sinais comuns:

  • Dores de cabeça frequentes
    A tensão constante pode gerar cefaleias, principalmente no fim do dia.

  • Problemas gastrointestinais
    Azia, dor no estômago, intestino preso ou solto demais podem estar ligados à ansiedade, já que o sistema digestivo é diretamente afetado pelas emoções.

  • Tensão muscular
    Ombros rígidos, pescoço dolorido ou sensação de "peso" no corpo são respostas comuns ao estresse acumulado.

  • Cansaço excessivo, mesmo após descanso
    Quando a mente está em alerta constante, o corpo também se desgasta — e nem o sono profundo parece ser suficiente.

  • Palpitações ou sensação de “coração acelerado” sem motivo aparente
    Mesmo em repouso, o sistema nervoso pode permanecer em estado de alerta.

  • Distúrbios no sono
    Insônia, sono leve ou pesadelos recorrentes são formas do corpo manifestar um incômodo que a mente ainda não conseguiu elaborar.

Esses sinais são convites do corpo pedindo por escuta. E muitas vezes, estão ligados a histórias não resolvidas, emoções engolidas ou traumas que continuam reverberando em silêncio.


A Ligação Entre Ansiedade Silenciosa e Traumas Passados

Muitas pessoas que enfrentam sintomas de ansiedade silenciosa não percebem que estão lidando com traumas emocionais antigos. Isso porque o trauma nem sempre é algo “grande” ou visível. Ele pode ser resultado de pequenas vivências repetidas, como:

  • Falta de afeto na infância

  • Crescer em um ambiente de críticas constantes

  • Ter sido responsabilizado(a) pelas emoções de outras pessoas

  • Ter vivido uma perda sem ter tido espaço para o luto

O corpo guarda tudo. Mesmo que a mente tente seguir em frente, as emoções não processadas continuam influenciando o modo como reagimos ao mundo — e, muitas vezes, é o corpo que acaba falando por nós.


O Perigo de Normalizar o Sofrimento

Um dos grandes desafios da ansiedade silenciosa é que ela pode ser facilmente ignorada — tanto pela própria pessoa quanto por quem está ao redor. Isso acontece porque a gente se acostuma:

  • A viver com dor de cabeça todo dia

  • A dormir mal, achando que é "normal"

  • A sentir o estômago embrulhado antes de sair de casa

  • A pensar demais, se preocupar demais, se cobrar demais

Esse estado constante de alerta se torna o “novo normal”. E quanto mais o corpo aguenta, mais a gente adia o cuidado com a saúde emocional.

Mas viver em modo de sobrevivência não é viver plenamente. É apenas resistir, dia após dia.


Quando Procurar Ajuda?

Se você leu até aqui e sentiu que se reconheceu em algum ponto, talvez seja hora de olhar com mais carinho para o que o seu corpo está tentando dizer.

Procurar ajuda psicológica não significa fraqueza — é um ato de coragem. É um passo em direção a uma vida mais leve, com mais sentido e conexão com quem você realmente é.

O processo terapêutico pode ajudar a:

  • Identificar as causas ocultas da ansiedade

  • Compreender e ressignificar traumas emocionais

  • Desenvolver estratégias para lidar com os sintomas

  • Construir um espaço interno mais seguro e acolhedor


Um Espaço Seguro Para Recomeçar

No meu consultório, tanto presencial quanto online, o foco é criar um ambiente em que você possa falar sem medo, sem julgamento. Um espaço onde cada dor é respeitada e onde cada história tem valor.

Porque ninguém precisa carregar tudo sozinho(a).
E porque todo mundo merece recomeçar.

💛 Se esse texto fez sentido pra você, talvez seja a hora de dar o próximo passo.
📩 Me envie uma mensagem ou acesse a página de agendamento para saber mais.

 

Como Desenvolver a Coordenação Motora Infantil: Dicas e Brincadeiras para Bebês e Crianças

21 março, 2025


Como Desenvolver a Coordenação Motora das Crianças

Você já reparou como os bebês parecem ter um mundo inteiro para descobrir dentro dos próprios movimentos? Os bracinhos se agitam sem direção, as perninhas chutam o ar como se testassem os limites do espaço, e segurar um brinquedo pode ser um verdadeiro desafio. Esse "desengonçamento" não é à toa! A coordenação motora ainda está se desenvolvendo e, aos poucos, o cérebro e o corpo começam a trabalhar juntos para transformar esses movimentos desorganizados em gestos cada vez mais precisos.

Com o passar dos meses e anos, essa habilidade vai se aprimorando, permitindo que a criança segure um lápis, brinque de amarelinha ou até aprenda a andar de bicicleta. Mas esse processo não acontece sozinho – ele depende de estímulos, brincadeiras e do acompanhamento adequado para garantir que o desenvolvimento infantil aconteça da melhor forma possível.

Coordenação motora fina e grossa

A coordenação motora é dividida em duas categorias principais:

  • Coordenação motora grossa: envolve grandes grupos musculares e está relacionada a atividades como correr, pular e subir escadas.
  • Coordenação motora fina: está ligada a movimentos mais delicados, como escrever, recortar com tesoura e abotoar roupas.

Ambos os tipos são essenciais para o desenvolvimento infantil, influenciando a autonomia, a aprendizagem e até mesmo a socialização da criança.

Como estimular a coordenação motora infantil?

Cada criança tem seu ritmo, mas algumas atividades podem ajudar nesse processo de forma natural e divertida:

  1. Brincadeiras ao ar livre: pular corda, amarelinha e pega-pega são excelentes para desenvolver a coordenação motora grossa.
  2. Desenho e pintura: fortalecem os músculos das mãos e ajudam no refinamento dos movimentos finos.
  3. Massinha de modelar: além de estimular a criatividade, fortalece os dedos, preparando-os para a escrita.
  4. Blocos de montar e jogos de encaixe: trabalham a precisão e a destreza manual.
  5. Atividades de recorte e colagem: ajudam na coordenação entre mãos e olhos, essencial para tarefas do dia a dia.

A psicologia no desenvolvimento motor

O desenvolvimento motor não é apenas físico – ele está diretamente ligado ao desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. Dificuldades na coordenação motora podem afetar a autoestima, a interação social e até mesmo o desempenho escolar. Um acompanhamento psicológico pode ser essencial para ajudar a criança a superar desafios, adaptar-se ao seu próprio ritmo e desenvolver habilidades motoras de forma mais confiante e prazerosa.

Respeitando o tempo de cada criança

Cada criança se desenvolve no seu próprio tempo, e isso deve ser respeitado. Comparações podem gerar frustrações desnecessárias, tanto para os pequenos quanto para os pais. O mais importante é garantir um ambiente seguro e encorajador, onde a criança se sinta motivada a explorar suas habilidades sem medo de errar.

Estimular a coordenação motora na infância não é apenas garantir que a criança aprenda a segurar um lápis ou amarrar o cadarço – é oferecer a ela as ferramentas para explorar o mundo com mais confiança e autonomia. E quando esse processo acontece de forma lúdica e integrada ao desenvolvimento emocional, os benefícios se estendem para toda a vida.


        


 

Quando a ansiedade assume o controle: como desacelerar a mente

26 fevereiro, 2025


Quando a ansiedade assume o controle: como desacelerar a mente

Sabe aquela sensação de que algo vai dar errado, mesmo sem motivo aparente? O coração dispara, as mãos ficam úmidas, a mente parece um turbilhão de pensamentos que não desaceleram. Você já passou por isso? Se sim, saiba que não está sozinho. A ansiedade faz parte da vida de milhões de pessoas no mundo e, quando em excesso, pode transformar situações comuns em verdadeiros desafios.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 300 milhões de pessoas convivem com transtornos de ansiedade. No Brasil, os números são ainda mais preocupantes: segundo o Covitel 2024, 56 milhões de brasileiros enfrentam algum nível desse problema. Mas o que faz a ansiedade surgir e, mais importante, como podemos controlá-la?


O lado útil da ansiedade (e quando ela se torna um problema)

Ao contrário do que muitos pensam, a ansiedade não é sempre prejudicial. Em níveis adequados, ela funciona como um mecanismo de proteção e motivação. É ela que nos mantém alertas em situações de risco, nos impulsiona a nos preparar para um grande evento ou até melhora nosso desempenho em momentos decisivos.

O problema começa quando essa ativação se torna constante e desproporcional. Em vez de nos ajudar a agir, a ansiedade excessiva nos paralisa. Ela interfere na rotina, dificulta a concentração e até provoca sintomas físicos, como falta de ar, dores no peito e insônia. Mas por que isso acontece?


O que acontece no cérebro ansioso?

Nosso cérebro tem um sistema de defesa altamente eficiente, que funciona como um alarme de perigo. A responsável por disparar esse alerta é a amígdala, uma estrutura que interpreta ameaças e prepara o corpo para reagir. Quando a ansiedade está desregulada, esse alarme toca o tempo todo, mesmo sem um motivo real.

O corpo responde liberando hormônios como adrenalina e cortisol, que nos deixam em estado de hiperatenção. Isso explica os sintomas físicos e aquela sensação de inquietação constante. Além disso, a ansiedade está ligada ao equilíbrio de neurotransmissores como a serotonina e o GABA. Quando esses mensageiros químicos estão em baixa, torna-se mais difícil relaxar e controlar os pensamentos acelerados.


Como acalmar uma mente ansiosa?

A boa notícia é que existem formas eficazes de reduzir a ansiedade e recuperar o controle. O primeiro passo é identificar os gatilhos: quais situações ou pensamentos costumam disparar essa sensação? A partir disso, podemos adotar estratégias para minimizar seu impacto. Algumas técnicas que ajudam são:

Respiração consciente: técnicas de respiração profunda ajudam a reduzir a ativação do sistema nervoso e trazem mais calma em momentos de crise.
Mindfulness: praticar a atenção plena no presente reduz os pensamentos excessivos sobre o futuro e a sensação de descontrole.
Reestruturação cognitiva: desafiar pensamentos ansiosos e reformular interpretações negativas pode diminuir significativamente o impacto da ansiedade.
Atividade física: movimentar o corpo libera neurotransmissores do bem-estar, reduzindo os efeitos do estresse e da ansiedade.

Quando procurar ajuda profissional?

Quando a ansiedade interfere na qualidade de vida, buscar apoio profissional pode ser um passo essencial. A terapia auxilia na compreensão dos padrões de pensamento, no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e, em alguns casos, pode ser complementada com acompanhamento psiquiátrico e uso de medicação.

E aqui vai uma reflexão: você sabia que a ansiedade e a adrenalina da euforia seguem caminhos semelhantes no cérebro? O que muda é a forma como interpretamos a experiência. Talvez a chave esteja em aprender a reprogramar essa resposta. Que tal começar hoje?


 

Quando a Vontade Falta: Como Superar a Procrastinação e Ativar sua Motivação com a Ciência do Cérebro

21 fevereiro, 2025














Quando a Vontade Falta: Como Superar a Procrastinação e Ativar sua Motivação com a Ciência do Cérebro

Você já se pegou adiando tarefas importantes, mesmo sabendo que deveria começar? Ou quem sabe marcou uma atividade física, mas, na hora, o sofá parecia ser mais atraente? Não está sozinho(a)—muitas pessoas enfrentam essa luta diariamente. Mas, o que se passa no cérebro quando a motivação simplesmente desaparece?

A dopamina, neurotransmissor chave responsável pelas sensações de prazer e recompensa, pode ser a explicação para essa falta de disposição. Quando os níveis de dopamina estão baixos, nosso cérebro prefere procurar estímulos imediatos e prazerosos, como as redes sociais ou a comida, em vez de investir em tarefas que exigem esforço. Mas o grande segredo que muitos não sabem é que a motivação não vem antes da ação.

Sim, é isso mesmo. Às vezes, o truque está em dar o primeiro passo, mesmo sem sentir vontade. A dopamina, que muitas vezes está “adormecida”, começa a ser liberada assim que você inicia uma atividade, dando aquele impulso que tanto esperava. O que parece difícil pode se tornar mais simples quando você entende esse processo.

Se você está cansado de cair no ciclo da procrastinação e quer realmente entender como usar a ciência do cérebro a seu favor, é hora de mudar a forma como lida com sua motivação. O segredo? Começar, e o resto vem com o tempo.








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Entre a Frieza e o Impulso: Os Mistérios do Transtorno de Personalidade Antissocial.

16 fevereiro, 2025

O Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA) é uma condição psiquiátrica caracterizada por um padrão persistente de desrespeito aos direitos dos outros e indiferença a normas sociais. Pessoas com TPA tendem a ser manipuladoras, impulsivas e apresentam um comportamento irresponsável, sem culpa ou remorso.


Aspectos Neurológicos do TPA

Estudos em neurociência revelam que o TPA está associado a alterações estruturais e funcionais no cérebro, especialmente em regiões ligadas às emoções e ao controle comportamental:

  • Córtex Orbitofrontal: Responsável pela tomada de decisões e pelo controle de impulsos, apresenta disfunções que podem resultar em comportamentos impulsivos e escolhas de risco.

  • Amígdala Cerebral: Essa estrutura, fundamental no processamento emocional, costuma ter volume reduzido, o que contribui para a frieza emocional e a falta de empatia.

  • Hipocampo: Essencial para a memória e aprendizagem, suas alterações podem dificultar a capacidade de aprender com erros passados, favorecendo a repetição de comportamentos nocivos.


Tratamento e Prevenção

O tratamento do TPA é complexo, pois muitas vezes o indivíduo não reconhece sua condição como um problema. Ainda assim, algumas abordagens podem ser consideradas:

  • Psicoterapia: Intervenções como a terapia cognitivo-comportamental ajudam no controle da impulsividade e agressividade, embora a adesão ao tratamento seja desafiadora.

  • Medicação: Não existe um fármaco específico para o TPA, mas estabilizadores de humor, antipsicóticos ou antidepressivos podem ser utilizados para tratar sintomas secundários.

Prevenção na Infância e Adolescência

A prevenção precoce é um dos caminhos mais eficazes para minimizar o risco de desenvolvimento do TPA:

  • Ambiente Familiar Estável: Uma infância livre de abuso, negligência e exposição à violência é um fator protetor importante.

  • Educação Emocional: Programas voltados para o ensino de habilidades sociais e controle emocional ajudam a reduzir padrões de comportamento antissocial.

  • Acompanhamento Psicológico: Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade podem se beneficiar de intervenções psicológicas para fortalecer sua capacidade de lidar com adversidades.


Considerações Finais

Compreender o Transtorno de Personalidade Antissocial sob uma perspectiva neurocientífica e psicológica é essencial para desenvolver estratégias de prevenção e manejo mais eficazes. A intervenção precoce e um suporte adequado podem fazer diferença na vida de indivíduos que apresentam traços desse transtorno, contribuindo para um futuro mais equilibrado.



 

Vivendo no Limite: Entendendo o Transtorno de Personalidade Borderline

16 fevereiro, 2025

Transtorno de Personalidade Borderline: Entendendo e Apoiando


O que é?

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição de saúde mental que afeta profundamente as emoções e os relacionamentos de quem a vivencia. Pessoas com TPB enfrentam intensas oscilações emocionais e, muitas vezes, sentem-se à beira de um abismo emocional. Embora fatores genéticos possam predispor alguém ao TPB, os genes específicos ainda não foram totalmente identificados. Além disso, o ambiente em que a pessoa cresce e as experiências vividas desempenham um papel crucial no desenvolvimento desse transtorno.

No cérebro, a amígdala cerebral – região responsável por processar emoções – mostra-se hiperativa em indivíduos com TPB. Ao mesmo tempo, a área pré-frontal, que ajuda a regular emoções, funciona de maneira menos eficaz, dificultando o controle emocional. Além disso, há uma alteração na Rede de Modo Padrão, sistema ligado à autoimagem e reflexão pessoal, o que pode levar a uma visão negativa e distorcida de si mesmo.

Características do TPB

Para que o TPB seja diagnosticado, é necessário que os sintomas persistam por pelo menos seis meses e que a pessoa apresente, no mínimo, cinco dos seguintes sinais:

  • Esforços desesperados para evitar o abandono: Medo intenso de ser deixado, seja real ou imaginário.

  • Relacionamentos instáveis e intensos: Relações marcadas por altos e baixos, com mudanças abruptas entre idealização e desvalorização do outro.

  • Autoimagem distorcida: Percepção instável e frequentemente negativa de si mesmo.

  • Impulsividade prejudicial: Comportamentos impulsivos em áreas que podem causar danos, como gastos excessivos, sexo desprotegido, abuso de substâncias ou direção imprudente.

  • Comportamentos autodestrutivos ou suicidas: Ameaças, gestos ou tentativas de suicídio, além de automutilação.

  • Instabilidade emocional: Mudanças rápidas de humor, como episódios intensos de tristeza, irritabilidade ou ansiedade que duram algumas horas ou dias.

  • Sentimento crônico de vazio: Sensação persistente de vazio interior ou tédio.

  • Raiva intensa e inapropriada: Dificuldade em controlar a raiva, resultando em explosões ou ressentimento constante.

  • Paranoia temporária ou dissociação: Episódios de desconfiança ou sensação de desconexão da realidade, especialmente em situações de estresse.

Tratamento e Apoio

Lidar com o TPB pode ser desafiador, mas há esperança. O tratamento geralmente combina medicação, prescrita por um psiquiatra, e psicoterapia. A Terapia Comportamental Dialética (TCD) é especialmente eficaz, ajudando os indivíduos a gerenciar emoções intensas, desenvolver habilidades de enfrentamento e construir relacionamentos mais saudáveis.

Compreender o TPB é dar um passo em direção à empatia. Cada pessoa que enfrenta esse transtorno tem uma história única, mas todas merecem acolhimento e suporte. O tratamento não é sobre mudar quem se é, mas sobre encontrar equilíbrio em meio às tempestades emocionais. Se há um caminho para a melhora, ele começa com o primeiro passo: a busca por ajuda e compreensão.



 

11 fevereiro, 2025









Menopausa


A menopausa é uma fase natural na vida de todas as mulheres, marcada pelo fim dos ciclos menstruais e por uma série de mudanças físicas e emocionais. Embora seja um processo fisiológico, muitas mulheres enfrentam desafios significativos em sua saúde mental durante esse período. Neste artigo, exploraremos como a menopausa afeta o bem-estar psicológico e quais estratégias podem auxiliar na manutenção da saúde mental.


Sintomas Psicológicos Comuns Durante a Menopausa

As alterações hormonais que ocorrem na menopausa podem levar a diversos sintomas psicológicos, incluindo:

  • Alterações de Humor: Muitas mulheres relatam oscilações de humor, irritabilidade e sensação de tristeza sem motivo aparente.

  • Ansiedade e Depressão: Estudos indicam que cerca de 80% das mulheres podem desenvolver sintomas de transtornos mentais durante a menopausa.

  • Dificuldades Cognitivas: Algumas mulheres experimentam o que é popularmente conhecido como "névoa mental", caracterizada por lapsos de memória e dificuldade de concentração.


Fatores Contribuintes para os Sintomas Psicológicos

Diversos fatores podem contribuir para o surgimento ou agravamento desses sintomas durante a menopausa:

  • Alterações Hormonais: A queda nos níveis de estrogênio e progesterona afeta neurotransmissores relacionados ao humor, como a serotonina.

  • Sintomas Físicos: Ondas de calor, distúrbios do sono e fadiga podem impactar negativamente o bem-estar emocional.

  • Fatores Psicossociais: Percepções culturais sobre o envelhecimento e mudanças no papel social podem influenciar a autoestima e a saúde mental.


Estratégias para Manutenção da Saúde Mental na Menopausa

É fundamental adotar medidas que promovam o bem-estar psicológico durante essa transição:

  • Atividade Física Regular: Exercícios ajudam a liberar endorfinas, melhorando o humor e reduzindo a ansiedade.

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC tem se mostrado eficaz no manejo de sintomas depressivos e ansiosos associados à menopausa.

  • Suporte Social: Participar de grupos de apoio ou buscar a companhia de amigos e familiares pode oferecer conforto e compreensão.

  • Terapia Hormonal: Em alguns casos, a reposição hormonal pode ser considerada para aliviar sintomas físicos e emocionais, sempre sob orientação médica.


Conclusão

A menopausa é uma fase desafiadora que pode impactar significativamente a saúde mental das mulheres. Reconhecer os sintomas e buscar estratégias de enfrentamento são passos essenciais para atravessar esse período com qualidade de vida. Se você está passando por essa transição, lembre-se da importância de procurar apoio profissional e de se conectar com outras mulheres que compartilham experiências semelhantes.


Este artigo visa fornecer informações gerais e não substitui o aconselhamento médico profissional. Consulte um especialista para orientações personalizadas.



 

Por que a psicoterapia funciona?

6 fevereiro, 2025









Por que a terapia Funciona?


 Como a Terapia Promove Mudanças Cerebrais Através da Neuroplasticidade

A terapia é um processo dinâmico que não apenas auxilia   na resolução de questões emocionais, mas também induz transformações significativas no cérebro, um fenômeno conhecido como neuroplasticidade.


Entendendo a Neuroplasticidade

A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de reorganizar suas conexões neurais em resposta a experiências, aprendizados ou lesões. Essa flexibilidade permite que o cérebro se adapte e se modifique ao longo da vida.


A Interação entre Terapia e Neuroplasticidade

Durante as sessões terapêuticas, você é incentivado a explorar e reconfigurar padrões de pensamento e comportamento. Esse processo ativa regiões cerebrais associadas à reflexão, regulação emocional e tomada de decisão, promovendo a formação de novas conexões neurais e fortalecendo as existentes.


Processo Terapêutico e Mudanças Cerebrais

  • Exploração de Padrões: identificamos juntos pensamentos e comportamentos que podem estar impactando o seu bem-estar.
  • Reestruturação Cognitiva: trabalhamos para substituir padrões disfuncionais por respostas mais adaptativas.
  • Reforço e Consolidação: através de práticas contínuas, solidificamos novas conexões neurais, facilitando mudanças duradouras.


Impacto Duradouro da Terapia

Ao promover essas transformações, a terapia não apenas alivia sintomas imediatos, mas também estabelece uma base sólida para o crescimento pessoal contínuo, permitindo que você enfrente desafios futuros com maior resiliência e compreensão de si mesmo.



 

O Impacto dos Traumas na Saúde Mental

4 fevereiro, 2025

O Impacto dos Traumas na Saúde Mental

Passar por um trauma é como carregar uma cicatriz invisível. Algumas experiências podem nos marcar de forma tão profunda  que influenciam nossa forma de ver o mundo, nossas emoções e até nosso corpo. O trauma pode surgir de diferentes eventos,  como perdas significativas, abusos, acidentes ou situações de violência. E mesmo quando o tempo passa, o impacto pode    permanecer, afetando a forma como nos sentimos e nos relacionamos.

Como os traumas afetam a saúde mental?

Cada pessoa lida com o trauma de um jeito, mas existem alguns sinais comuns que mostram como ele pode impactar a vida    emocional e psicológica:

  • Reviver a dor: algumas pessoas têm flashbacks, pesadelos e pensamentos intrusivos sobre o evento traumático, como se ele  ainda estivesse acontecendo.
  • Ansiedade e medo constantes: o corpo fica em estado de alerta o tempo todo, como se estivesse sempre se preparando para  se proteger de algo ruim.
  • Tristeza e desânimo: o trauma pode trazer um sentimento de vazio, uma dificuldade de encontrar prazer nas coisas que antes  eram importantes.
  • Dificuldade nos relacionamentos: muitas vezes, a dor vivida faz com que a pessoa se isole, tenha dificuldades em confiar nos  outros ou em se abrir emocionalmente.
  • Reações físicas: tensão muscular, dores pelo corpo, problemas no sono e até dificuldades digestivas podem ser reflexos de um trauma não processado.

O caminho para a recuperação

A boa notícia é que é possível ressignificar a experiência e encontrar formas saudáveis de lidar com o trauma. O suporte certo pode fazer toda a diferença nesse processo:

  • Psicoterapia: a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e abordagens especializadas no tratamento do trauma ajudam a reconstruir a forma de enxergar a experiência dolorosa.
  • Técnicas terapêuticas focadas no corpo: EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares), mindfulness e outras práticas auxiliam na regulação emocional e no alívio dos sintomas físicos.
  • Estilo de vida saudável: atividades físicas, boa alimentação e momentos de relaxamento ajudam a equilibrar mente e corpo.

Seguir em frente é possível

Os traumas podem nos afetar profundamente, mas não definem quem somos. Com acolhimento, apoio e tratamento adequado, é possível reconstruir a confiança, encontrar sentido na caminhada e seguir adiante com mais leveza e qualidade de vida. Se você ou alguém próximo enfrenta os impactos de um trauma, saiba que não precisa passar por isso sozinho. O primeiro passo para a cura é buscar ajuda.


Conhecimento que acolhe, cuidado que transforma.


 

4 fevereiro, 2025

Comportamento agressivo em criança, o que fazer?

 

4 fevereiro, 2025

Como a terapia pode ajudar pessoas com diagnóstico de câncer?

 

CRIANÇA TEM DEPRESSÃO? COMO IDENTIFICAR E TRATAR?

29 janeiro, 2025


 

CRIANÇA TEM DEPRESSÃO? COMO IDENTIFICAR E TRATAR?

Você já se perguntou se crianças também podem sofrer de depressão? Como podemos identificar os sinais e, mais importante, como oferecer o suporte necessário? Neste artigo, vamos explorar os principais aspectos da depressão infantil: o que é, quais sinais observar, suas causas e fatores de risco, e, claro, como ajudar as crianças a superarem esse desafio com o tratamento adequado. Vamos juntos entender um tema tão importante e sensível, buscando sempre o melhor para o bem-estar das crianças.


A depressão infantil é um tema frequentemente ignorado devido à  crença de que as crianças são naturalmente felizes e despreocupadas. No entanto, os pequenos também podem sofrer com transtornos emocionais, e reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença no tratamento e na qualidade de vida da criança.


O que é depressão infantil?

A depressão infantil é um transtorno psicológico caracterizado por uma tristeza persistente e intensa, que interfere na rotina da criança e no seu desenvolvimento emocional e social. Diferente de um momento passageiro de tristeza, a depressão impacta de forma significativa o bem-estar infantil e exige atenção profissional.


Sinais de depressão em crianças

Os sintomas da depressão infantil podem variar conforme a idade e o ambiente em que a criança está inserida. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Mudanças no humor: tristeza constante, irritabilidade, apatia e choro frequente sem motivo aparente;
  • Alterações no sono e apetite: insônia, pesadelos recorrentes ou aumento excessivo do sono, além de perda ou ganho de peso sem explicação;
  • Dificuldade na escola: queda no rendimento escolar, desinteresse pelas aulas ou dificuldades de concentração;
  • Isolamento social: afastamento de amigos e familiares, evitando brincadeiras ou interações sociais;
  • Baixa autoestima: expressões de desvalorização, sentimento de culpa ou falta de confiança em si mesma;
  • Fadiga e dores inexplicáveis: cansaço excessivo, dores de cabeça e dores no corpo sem causas físicas identificáveis;
  • Pensamentos negativos: frases como "ninguém gosta de mim" ou "queria desaparecer" podem ser sinais preocupantes.

 

Quais as causas e fatores de risco?

A depressão infantil pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo:

  • Genética: histórico familiar de depressão pode aumentar a predisposição;
  • Ambiente familiar: conflitos constantes, separação dos pais, negligência ou abuso emocional e físico;
  • Experiências traumáticas: perdas significativas, mudanças bruscas na rotina, bullying ou eventos traumáticos;
  • Fatores biológicos: desequilíbrios químicos no cérebro que afetam o humor e as emoções.


Como ajudar uma criança com depressão?

Se você suspeita que uma criança está passando por um quadro depressivo, algumas atitudes podem ser fundamentais:

  • Ouvir sem julgamentos: incentive a criança a falar sobre seus sentimentos e demonstre empatia;
  • Manter uma rotina saudável: uma rotina estruturada com horários regulares para sono, alimentação e atividades pode proporcionar segurança emocional;
  • Estimular atividade prazerosas: brincadeiras, esportes e interações sociais são essenciais para a saúde mental;
  • Evitar cobranças excessivas: respeitar o ritmo da criança e reduzir pressões desnecessárias pode ajudar na recuperação;
  • Buscar apoio profissional: um psicólogo infantil pode auxiliar na identificação das causas do sofrimento e no desenvolvimento de estratégias para lidar com a depressão.


Tratamento

O tratamentos da depressão infantil pode envolver diferentes abordagens, dependendo da gravidade do quadro. Algumas das estratégias incluem:

  • Psicoterapia: terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajudam a criança a reconhecer e modificar pensamentos negativos;
  • Apoio familiar: a participação dos pais e cuidadores no processo terapêutico é fundamental para a recuperação;
  • Atividades físicas e sociais: práticas que promovam bem-estar, como esportes e contato com a natureza, podem auxiliar na melhora do humor;
  • Em alguns casos, medicação: apenas quando indicado por um psiquiatra infantil e sempre associado ao acompanhamento psicológico.


Conclusão

A depressão infantil é uma condição séria que requer atenção e cuidado. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhores são as chances de recuperação e bem-estar da criança. Se você perceber sinais de alerta, procure ajuda profissional e ofereça um ambiente acolhedor e seguro para que a criança possa expressar seus sentimentos e se fortalecer emocionalmente.

 

COMO SABER QUE É HORA DE PROCURAR UM PSICÓLOGO?

29 janeiro, 2025

                                   

COMO SABER QUE É HORA DE PROCURAR UM PSICÓLOGO?

Cuidar da saúde mental é essencial para o bem-estar e qualidade de vida. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre o quando realmente devem procurar ajuda psicológica. A terapia pode ser um espaço valioso para lidar com os desafios emocionais, melhorar o autoconhecimento e desenvolver estratégias para enfrentar momentos difíceis. Mas como saber se é o momento certo

para buscar um psicólogo?


Sinais de que pode ser a hora de buscar ajuda

Nem sempre é fácil identificar que algo não está bem. Alguns sinais podem indicar que

um acompanhamento psicológico pode ser benéfico:

  • Tristeza persistente: sentir-se desanimado ou sem esperança por longos períodos pode ser um indício de depressão e merece atenção.
  • Ansiedade intensa: preocupações excessivas, medos irracionais ou crises de ansiedade frequentes podem comprometer o dia a dia.
  • Dificuldades no relacionamentos: conflitos recorrentes ou dificuldades em manter laços saudáveis podem indicar a necessidade de um olhar profissional.
  • Mudanças bruscas no comportamento: alterações no sono, apetite ou nível de energia podem refletir questões emocionais mais profundas.
  • Baixa autoestima e sentimento de culpa: pensamentos autodepreciativos frequentes podem afetar a forma como a pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros.
  • Problemas no trabalho ou nos estudos: dificuldade de concentração, queda no desempenho ou falta de motivação podem ser sintomas de esgotamento emocional.
  • Dificuldades para lidar com emoções: se sentir sobrecarregado por sentimentos de raiva, medo ou tristeza, sem saber como controlá-los, é um sinal importante.
  • Eventos traumáticos: situações como luto, separação ou experiências de abuso podem deixar marcas profundas e exigem apoio especializado.
  • Sintomas físicos sem causa aparente: dores de cabeça frequentes, tensão muscular, problemas gastrointestinais e fadiga constante podem estar relacionados a questões emocionais e exigem uma avaliação profissional para um diagnóstico adequado.


Benefícios da terapia

O acompanhamento psicológico ajuda na compreensão dos próprios sentimentos e na construção de estratégias para lidar melhor com as adversidades. A terapia também pode:

  • Melhorar o autoconhecimento;
  • Ajudar na regulação emocional;
  • Fortalecer habilidades sociais e de comunicação;
  • Reduzir sintomas de ansiedade e depressão;
  • Promover mudanças de comportamento saudáveis.


Quebrando tabus

Ainda existe um estigma em torno da terapia, levando muitas pessoas a acreditarem que apenas casos "graves" precisam de ajuda profissional. No entanto, buscar um psicólogo é um ato de autocuidado e pode beneficiar qualquer pessoa, independentemente da intensidade das dificuldades enfrentadas.


Como escolher um psicólogo

Para que a terapia seja eficaz, é essencial encontrar um profissional que faça sentido para você. Algumas dicas incluem:

  • Pesquisar sobre as abordagens psicológicas e identificar qual se alinha melhor com suas necessidades;
  • O sucesso do processo terapêutico está interligado ao trabalho em equipe, por isso, a identificação é fundamental para um trabalho efetivo.
  • Sentir-se confortável com o terapeuta desde o primeiro contato.


Conclusão

 Procurar um psicólogo não significa fraqueza, mas sim um compromisso com sua saúde mental e qualidade de vida. Se você tem notado alguns dos sinais mencionados ou sente que precisa de apoio, considere buscar ajuda profissional. O primeiro passo pode ser desafiador, mas pode transformar sua relação com você mesmo e com o mundo ao seu redor.